RIO TROMBETAS ANUNCIA GRANDE SECA A CAMINHO
Todos os anos, os rios de nossa região passam por dois ciclos que renovam as paisagens e modificam, principalmente, a vida dos ribeirinhos. Trata-se do período de cheia e seca que ano após ano vão e vem com maior ou menor intensidade. Em 2005 tivemos uma grande seca onde muitos rios secaram causando a mortandade de milhares de peixes além de grandes problemas sociais. Em 2009, fomos engolidos por uma terrível enchente deixando muitos desabrigados. Agora ao que tudo indica, Oriximiná está prestes a passar por umas das maiores secas da história, semelhante a de 1997 segundo a ANA (Agência Nacional das Águas).
Nesta semana o Rio Trombetas chegou a 83cm acima do nível mínimo de navegabilidade, segundo informações da Coordenadoria de Defesa Civil de Oriximiná. Isso já está interferindo no tráfego de navios que transportam bauxita de Porto Trombetas. Eles estão navegando com menos carga para evitar possíveis encalhamentos.
"A seca hídrica está se aproximando com uma antecipação de um pouco mais de um mês e isso nos preocupa. A Mineração já está reduzindo a carga de seus navios. Em relaçao às comunidades rurais, solicitamos às Secretarias do Interior e Meio Ambiente para nos auxiliarem na identificação de acessos fluviais que estejam criando dificuldades para os ribeirinhos", informa Ivo Matos, Coordenador Executivo de Defesa Civil de Oriximiná.
Os ribeirinhos já estão sentindo os primeiros efeitos da seca e informam dificuldades de deslocamento e escoamento da produção agrícola. "Os barcos não conseguem chegar mais na nossa comunidade. A gente precisa dessas canoinhas, pra sair empurrando na lama pra chegar até na beira do rio grande onde chega o barco que vem pra cidade. Tá difícil trazer nossos produtos pra vender na feira", declara Helves da Silva Corrêa, morador da Comunidade São Lázaro, Lago Curupira.
Ivo Matos informa ainda que Oriximiná está em situação de atenção: "Nesta fase de atenção são levantados dados das comunidades que podem ser afetadas pela seca, no sentido de nos prevenirmos, solicitando ajuda aos órgãos competentes quando for necessário dar socorro a possíveis vítimas", explica.
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