PLEBISCITO SOBRE DIVISÃO DO ESTADO DO PARÁ: ORIENTAÇÕES
Dezembro chegou e se aproxima o dia da decisão sobre o futuro do Estado do Pará e de nossas vidas. Percebe-se que muitas pessoas ainda estão em dúvida sobre o as regras desse processo eleitoral. Plebiscito é uma consulta pública. No Plebiscito de 11 dezembro o povo paraense vai às urnas decidir se é a favor ou contra a divisão do Pará para a criação de mais dois novos Estados: o Tapajós (no qual estamos incluídos) e o Carajás. É um dia normal de eleição como outro qualquer. O Blog conversou com o Chefe do Cartrório Eleitoral da 38ª Zona, Alexandre Alves, que vai dar esclarecimentos importantes sobre a conduta dos eleitores nesse dia.
- Orixi Notícia: No Plebiscito do dia 11 o voto é obrigatório?
Alexrandre: O voto é obrigatório sim. O Plebiscito é uma eleição normal, então eleitor fique atento. Se não votar e não justificar, vai pagar uma multa aqui na justiça eleitoral. Aquele eleitor que se encontra fora do estado tem que comparecer em qualquer cartório para justificar o seu voto. Quem tem domicílio em qualquer município aqui do estado do Pará, que se encontra em outro município, também tem que justificar o voto em qualquer sessão eleitoral.
- Orixi Notícia: As pessoas vão ter duas opções de votação: SIM ou NÃO. Quais os números referentes a essas opções?
Alexrandre: Como na urna eletrônica você tem uma tela numérica. O TSE, através de sorteio, estabeleceu o 77 para o SIM e o 55 para NÃO. Então o eleitor vai chegar na urna e votar ou SIM ou NÃO: 77 SIM e 55 NÃO.
- Orixi Notícia: Qual a orientação que você dá em relação ao voto consciente nesse Plebiscito?
Alexrandre: É um momento importante para o eleitor que tem que votar de forma consciente. A sugestão e o direcionamento que o TRE toma nesses pleitos é que o eleitor sempre busque orientações na internet, nos jornais, na própria propaganda eleitoral que tem duas frentes uma a favor da divisão e outra contra. Então o eleitor tem que procurar se informar para estar preparado para votar com a certeza que fez a melhor escolha.
Você poderá votar de 08h às 17h em sua sessão eleitoral.
Comentários
Pelo menos para alguma coisa serviu o passeio da equipe da Rede Globo pelo Pará: para mostrar ao Brasil, em palco tão reluzente, e aos próprios paraenses, o que todos vemos todos os dias, isto é, quadros de aguda e vergonhosa miséria que infelicita este Estado em todos os seus quadrantes.
Miséria encontra-se pelo País todo, mas não na intensidade e na extensão com que se verifica, por exemplo, em Belém. Não existe no Brasil uma cidade deste porte com tamanha exposição de feridas sociais tão desumanas. Metade da população desta cidade vive nas famosas Baixadas, como aqui chamamos as favelas. Milhares de famílias vivem literalmente dentro da lama, na borda dos igarapés imundos, nos ambientes mais infectos imagináveis.
Situações semelhantes, obviamente em ponto menor, observa-se em Marabá, Santarém, Ananindeua, Castanhal, em Breves e em todo o paupérrimo Marajó, assim como em todo o vasto interior. Parece que pouco mudou nesta parte da Amazônia depois de 1835, quando os Cabanos viviam tão explorados e excluídos que, em certo tempo, quando morriam, seus corpos eram jogados aos urubus. Só eram dadas sepulturas aos brancos.
Por que será que, numa região tão rica em bens naturais, a maioria dos seus habitantes amarga uma miséria tão desgraçada assim?
Pois é esse panorama de tristeza e de revolta que está subjazendo à campanha do plebiscito do próximo dia 11 de dezembro. No começo da campanha, os do Não diziam que Carajás era rico e que o Tapajós era pobre. Os de lá diziam que Belém concentrava a maior parte da riqueza do tesouro estadual, o que é verdade, mas não toda.
Nesta última semana Sins e Nãos parecem ter caído na real e passaram a eleger a miséria como cabo eleitoral comum,
VAMOS DEIXAR O ORGULHO DE LADO, É PRECISO TER VERGONHA DESSA MISÉRIA. DIGA SIM AO DESENVOLVIMENTO DO NOVO PARÁ
77 e 77