20 DE NOVEMBRO: DIA DA CONSCIÊNCIA NEGRA E DE REFLEXÃO SOBRE A CONSCIÊNCIA DE TODOS

 

Foto: extraída do site http://www.morellidavila.adv.br

A data já é bem conhecida dos brasileiros. Foi criada em 2003, mas virou lei em âmbito nacional apenas em 2011. De lá para cá, mais de 1000 cidades já incluíram a data em seus calendários de feriados municipais, estatística da qual Oriximiná faz parte. Trata-se de um dia para exaltar a cultura e comemorar conquistas do povo negro, mas acima de tudo para celebrar a resistência ao racismo, à discriminação e às desigualdades sociais, bem como para refletir sobre os avanços que ainda são necessários alcançar. 

Olhando assim, parece que esta data é exclusiva para o povo negro, mas se olharmos bem à nossa volta diante de tantas cenas de racismo no nosso cotidiano, este é um dia para todo brasileiro refletir como é a sua consciência em relação aos negros e como cada indivíduo pode agir para diminuir esses problemas que nada tem haver com uma sociedade evoluída. 

Nesse contexto é importante responder a algumas questões:

✅Quantas piadas ou frases você fala no dia a dia envolvendo a cor da pele? Na maioria das vezes nem percebemos que podemos estar sendo racistas e causando constrangimento a alguém.  Tipo: "Vi uma negra ou negro lindo" - o que nos remete à seguinte pergunta: por acaso os negros não podem ser bonitos? "Ovelha negra" - como se tudo relacionado ao que é negro tivesse conotação negativa. "Cabelo ruim" - não existe cabelo ruim e sim crespo. 

✅ Quais ensinamentos você está deixando para seu filho em relação a essa questão? Como você está lhe educando para tratar seus colegas de aula, vizinhos, professores e pessoas em geral de cor negra?

✅Quantas vezes você ajudou a perpetuar o racismo e a discriminação racial quando presenciou alguém fazendo isso e não foi capaz de fazer nada a respeito?

Em um país onde a maior parte dos desempregados é negro, onde a população carcerária é predominantemente negra, onde  negros  eleitos vereadores são perseguidos e até assassinados (como a vereadora Mariele no Rio de Janeiro), onde um negro foi espancado até a morte num supermercado à vista de todos, onde faltam mais políticas públicas de inclusão social, precisamos encarar essa luta como de todos, essa resistência tem que ser de cada cidadão brasileiro, pois mesmo não tendo a pela negra, é quase que certo de termos sangue negro correndo em nossas veias! 

Por mais consciência cidadã!!!