IBGE mapeia a população indígena
A partir das informações coletadas pelo Censo 2010, o IBGE elaborou um
breve conjunto de mapas e tabelas mostrando a distribuição espacial das
896 mil pessoas que se declararam ou se consideraram indígenas e, ainda,
enumerando as 305 etnias encontradas pelos recenseadores em 2010.
Também foram listadas as mais de duzentas línguas faladas nas terras
indígenas. Fruto de uma parceria entre o IBGE e a FUNAI, a publicação “O
Brasil Indígena” será distribuída às unidades destes dois órgãos, em
todo o país, e também estará disponível na internet. Os mapas e tabelas
da publicação mostram, por exemplo, que 36,2% das pessoas que se
declararam indígenas viviam nas cidades e os outros 63,8%, em áreas
rurais. Dentre estes últimos, 517 mil (ou 57,7% do total) moravam em
terras oficialmente reconhecidas como indígenas.
Entre as inovações apresentadas pelo Censo Demográfico 2010 estava um conjunto de perguntas específicas para as pessoas que se declararam ou se consideraram indígenas: elas puderam informar o povo ou etnia a que pertenciam e as línguas indígenas que falavam. Além disso, o Censo pode informar se os seus domicílios estavam dentro ou fora de terras indígenas já reconhecidas pelo governo federal.
Ao longo do ano passado, os resultados do Censo 2010 relativos aos indígenas foram divulgados em duas oportunidades. Primeiramente, em 18/04, saíram os dados sobre a distribuição dos indígenas pelos municípios do país 1. Em seguida, em 10/08, uma divulgação mais detalhada incluiu a distribuição espacial e listou as etnias encontradas pelos recenseadores 2. A publicação O Brasil Indígena sintetiza o que foi divulgado pelo IBGE nessas duas ocasiões. Sua versão em PDF, juntamente com outras informações sobre a população indígena nos Censos Demográficos do IBGE, também está disponível em http://indigenas.ibge.gov.br/.
Em 2000, a população que se declarava indígena aumentou substancialmente em relação a 1991, mas em 2010 ela se manteve em patamares similares a 2000. A publicação traz tabelas com o percentual de indígenas vivendo em áreas urbanas (36,2%), que é bem inferior ao observado no conjunto da população brasileira (84,4%).
Outra informação interessante em O Brasil Indígena é a comparação entre as pirâmides demográficas daqueles que vivem dentro ou fora das terras indígenas: esta última tem base estreita, devido ao menor número de pessoas nas idades mais jovens, uma característica tipicamente urbana. Já a pirâmide da população em terras indígenas tem base larga, devido à alta taxa de natalidade entre as mulheres de alguns povos indígenas.
O Censo Demográfico 2010 identificou, tanto nas terras indígenas quanto fora delas, 305 etnias e 274 línguas indígenas, que superaram as estimativas iniciais da FUNAI. Isso revela a necessidade de estudos linguísticos e antropológicos mais aprofundados, pois algumas línguas podem ser variações de uma mesma língua, e certas etnias poderiam ser sub-grupos ou segmentos de outra. A publicação, além de enumerar as etnias, listou as línguas faladas pelas pessoas indígenas de cinco anos ou mais que residiam dentro das terras indígenas.
O Censo Demográfico 2010 também constatou que, entre a população indígena com cinco anos ou mais de idade, 37,4% falavam uma língua indígena e 17,5% não falavam português. Esses percentuais aumentam, respectivamente, para 57,3% e 28,8% entre aqueles que viviam em terras indígenas. Já a taxa de alfabetização dos indígenas com 15 anos ou mais de idade está abaixo da média nacional (90,4%). Nas terras indígenas, 32,3% ainda são analfabetos.
Através do Censo foi possível verificar, ainda, a distribuição espacial das 896 mil pessoas que se declararam ou se consideraram indígenas. A população indígena está presente em todas as regiões do país, demonstrando que a diversidade cultural é uma característica marcante da sociedade e do território brasileiro.
Entre as inovações apresentadas pelo Censo Demográfico 2010 estava um conjunto de perguntas específicas para as pessoas que se declararam ou se consideraram indígenas: elas puderam informar o povo ou etnia a que pertenciam e as línguas indígenas que falavam. Além disso, o Censo pode informar se os seus domicílios estavam dentro ou fora de terras indígenas já reconhecidas pelo governo federal.
Ao longo do ano passado, os resultados do Censo 2010 relativos aos indígenas foram divulgados em duas oportunidades. Primeiramente, em 18/04, saíram os dados sobre a distribuição dos indígenas pelos municípios do país 1. Em seguida, em 10/08, uma divulgação mais detalhada incluiu a distribuição espacial e listou as etnias encontradas pelos recenseadores 2. A publicação O Brasil Indígena sintetiza o que foi divulgado pelo IBGE nessas duas ocasiões. Sua versão em PDF, juntamente com outras informações sobre a população indígena nos Censos Demográficos do IBGE, também está disponível em http://indigenas.ibge.gov.br/.
Em 2000, a população que se declarava indígena aumentou substancialmente em relação a 1991, mas em 2010 ela se manteve em patamares similares a 2000. A publicação traz tabelas com o percentual de indígenas vivendo em áreas urbanas (36,2%), que é bem inferior ao observado no conjunto da população brasileira (84,4%).
Outra informação interessante em O Brasil Indígena é a comparação entre as pirâmides demográficas daqueles que vivem dentro ou fora das terras indígenas: esta última tem base estreita, devido ao menor número de pessoas nas idades mais jovens, uma característica tipicamente urbana. Já a pirâmide da população em terras indígenas tem base larga, devido à alta taxa de natalidade entre as mulheres de alguns povos indígenas.
O Censo Demográfico 2010 identificou, tanto nas terras indígenas quanto fora delas, 305 etnias e 274 línguas indígenas, que superaram as estimativas iniciais da FUNAI. Isso revela a necessidade de estudos linguísticos e antropológicos mais aprofundados, pois algumas línguas podem ser variações de uma mesma língua, e certas etnias poderiam ser sub-grupos ou segmentos de outra. A publicação, além de enumerar as etnias, listou as línguas faladas pelas pessoas indígenas de cinco anos ou mais que residiam dentro das terras indígenas.
O Censo Demográfico 2010 também constatou que, entre a população indígena com cinco anos ou mais de idade, 37,4% falavam uma língua indígena e 17,5% não falavam português. Esses percentuais aumentam, respectivamente, para 57,3% e 28,8% entre aqueles que viviam em terras indígenas. Já a taxa de alfabetização dos indígenas com 15 anos ou mais de idade está abaixo da média nacional (90,4%). Nas terras indígenas, 32,3% ainda são analfabetos.
Através do Censo foi possível verificar, ainda, a distribuição espacial das 896 mil pessoas que se declararam ou se consideraram indígenas. A população indígena está presente em todas as regiões do país, demonstrando que a diversidade cultural é uma característica marcante da sociedade e do território brasileiro.
Fonte: EcoDebate
Extraído de: http://www.sintrafesc.org.br
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