Melhorias em processos aprimoram operação de bauxita
Experiências inovadoras em mineradora do oeste paraense garantem mais segurança e agilidade nos trabalhos
Primeiro Lugar - Grupo “Dinamismo” |
Mais de 20 projetos de melhorias nas dimensões Segurança/Saúde, Custos, Produtividade, Meio Ambiente e Qualidade foram inscritos no Seminário de Círculos de Controle Qualidade (CCQ) 2020, realizado neste mês de outubro pela Mineração Rio do Norte (MRN), maior produtora de bauxita do Brasil, que opera no distrito de Porto Trombetas, em Oriximiná (PA). Três iniciativas na dimensão Segurança foram contempladas durante o evento.
Os 26 projetos foram desenvolvidos por 167 empregados da MRN e foram apresentados para uma mesa avaliadora, que reuniu representantes de cada Diretoria e da área de Gestão Estratégica e Riscos, para analisar a qualidade dos trabalhos. Todos os participantes dos grupos receberam camisa e brindes de participação e as três iniciativas de melhoria e inovação selecionadas como as mais eficazes foram reconhecidas com troféus, sendo que o primeiro lugar foi premiado com viagem para evento nacional, e o segundo e terceiro lugares com viagem para evento regional.
Para o diretor de Operação da MRN, Rogério Junqueira, o Seminário de CCQ 2020 reuniu excelentes trabalhos, demonstrando a motivação das equipes da MRN em busca da excelência operacional. “Estamos resgatando algo que inspirava nossas pessoas e o brilho no olhar delas só nos motiva a incentivar, cada vez mais, e também prover os recursos necessários para que nosso time continue buscando sempre a melhoria contínua nos processos", declarou.
Organizado pela Gerência de Gestão Estratégica e Riscos da empresa, o seminário deste ano reuniu projetos concluídos em 2019/2020 e com resultados comprovados in loco. “Esta iniciativa, que realizamos anualmente, garante a oxigenação criativa de ideias e uma permanente cooperação entre as equipes da empresa, viabilizando melhorias que contribuem em várias dimensões para o aprimoramento dos trabalhos desenvolvidos em nossas operações”, destacou Wvagno Ferreira, gerente de Gestão Estratégica e Riscos da MRN.
A solução que conquistou o primeiro lugar foi criada pelo grupo “Dinamismo”, liderado pelo técnico de Manutenção Sebastião Feliciano Filho, da Seção de Manutenção Mecânica de Britagem e Rejeito. Inscrita na dimensão Segurança, a solução substituiu o processo de deslocamento do rebritador - equipamento que brita a bauxita, que era feito com talha manual, envolvendo oito colaboradores que levavam, em média, de 6 até 8 horas de trabalho, exigindo bastantes esforços da equipe. “Nossa ideia foi, a partir de dois cilindros hidráulicos, montar uma unidade hidráulica e conseguimos mover o rebritador. Esse projeto trouxe muitos benefícios para o nosso trabalho. Hoje, duas pessoas conseguem fazer essa atividade em um tempo menor”, explicou.
Para Sebastião e seu grupo, foi uma grande satisfação participar do Seminário CCQ, pois é um espaço no qual os colaboradores têm a oportunidade de colocar em prática suas ideias. “Foi uma honra essa conquista porque nos incentiva a sermos profissionais mais competentes e sempre buscar o nosso melhor”, comentou.
O grupo “Reunidos para a Melhoria”, conduzido pelo Eletricista Edson Costa, da Seção de Manutenção de Locomotiva e Vagões, conquistou o segundo lugar no seminário. Inscrita na dimensão Segurança, a melhoria foi a criação de uma ferramenta para facilitar a troca de peças durante a manutenção dos vagões do trem de carga da MRN. “Antes, o operador fazia essa troca com uma marreta, que exigia mais esforços físicos. Já a nova ferramenta, além de reduzir os esforços físicos e riscos de acidentes, agilizou mais o tempo desta atividade, que, antes, era feita em 4 horas e, agora, em 40 minutos, tornando mais eficaz a troca”, relatou Edson.
O terceiro lugar, contemplado também na categoria Segurança, ficou com o grupo “Soluções Técnicas com Qualidade”, da Seção Manutenção de Subconjunto e Lubrificação, liderado pelo técnico de Manutenção Mecânica José Maria Machado. A solução criada viabilizou o ajuste de uma folga de rolamento em redutores industriais, equipamentos que acionam as correias transportadoras de minério, identificada pela equipe. “Antes, usávamos uma alavanca. Criamos um dispositivo que acopla diretamente na máquina e faz um ajuste mecânico com uma pequena chave, que garante maior segurança, eliminando em 90% o risco de acidentes nesta operação e garantindo mais qualidade na execução da atividade e confiabilidade aos equipamentos”, afirmou José Maria.
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