Projeto de Sistemas Agroflorestais integra agricultura e restauração ambiental
No total, 29 famílias de comunidades ribeirinhas participam das atividades de educação ambiental, preparação de lavoura e criação de animais
Cultivo de Frutas e Verduras no SAF's
Para os pequenos produtores ou
agricultores da Amazônia, o Projeto de Apoio a Sistemas Agroflorestais (SAF’s),
da Mineração Rio do Norte (MRN), possibilita além da geração de renda,
segurança alimentar às famílias e promoção da sustentabilidade econômica e
ambiental. Os sistemas agroflorestais são uma alternativa de restauração
ambiental, associando as produções de espécies arbóreas, agrícola e avicultura,
que tem feito parte do dia a dia de 29 famílias, distribuídas em cinco
comunidades ribeirinhas no município de Oriximiná, oeste do Pará.
“Estes sistemas sustentáveis são um
bom negócio tanto para os produtores quanto para o meio ambiente. Trazem
inovação para o setor e são essenciais para implementar transformações nas
comunidades, com base nos conhecimentos aprofundados sobre a promoção da
agricultura, um importante trabalho e meio de vida de muitos comunitários.
Também é observado o cuidado com as florestas, favorecendo os modelos de
reflorestamento com espécies nativas da região”, ressalta Jéssica Naime,
gerente geral de Relações Comunitárias da MRN.
Entre os comunitários, Maria Socorro
Repolho, moradora da comunidade Bom Jesus, no Lago Batata, faz parte do SAFs com
a produção de mudas, hortaliças, legumes, verduras, frutas e criação de
galinhas. Sua família é uma das que mudaram a relação com a terra e com os
animais e já colhem os resultados, há mais de oito anos. “Eu e meus quatro
filhos participamos do projeto. Faço a venda dos produtos nas casas vizinhas,
feiras em Trombetas e para os mercados locais. Mas também é para o nosso
alimento, tanto as folhagens, como as frutas, ovos e galinhas”, conta. “Eles me
acompanham na agricultura desde bem novos, e hoje, cada um tem seu sítio
próprio. É algo que faz parte das nossas gerações. Começou com os meus pais,
passou para mim, e agora para meus filhos”, acrescenta.
Segundo ela, a família recebe todo o
suporte para aprimorar as suas plantações e criações, com material educativo,
ferramentas de trabalho e insumos para solo e animais. “Com o SAFs, temos ajuda
para melhorar a produção. Recebemos cursos sobre como preparar o solo, o espaço
entre as plantas, os cuidados com as plantas e alimentos, os equipamentos e as
aulas também. A MRN nos deu uma casa de farinha, que podemos fazer farinha,
tapioca, macaxeira e o tucupi, produtos muito consumidos por aqui”, complementa
a agricultora.
Para consolidar a produção, o projeto
promove capacitação, cursos, assistência técnica, além de visitas domiciliares
e aos campos de produção. Neste ano, há um cronograma de atividades nas
comunidades até dezembro. “Serão realizados cursos de horticultura,
fruticultura, produção de mudas, manejo de sementes e solo, manutenção de
equipamentos, por exemplo, que são voltados para um suporte mais técnico aos
agricultores, além das visitas técnicas para acompanhar o desempenho das
plantações”, explica Juliana Mello, executora do projeto pela empresa
Florestas, consultoria contratada pela MRN para dar assistência técnica às comunidades.
Somado ao apoio técnico, há também o
auxílio para melhorar os processos de produção e vendas, como cursos de
precificação, empreendedorismo e manipulação de alimentos. As oficinas de
produção de doces, geleias e licores, desidratação de frutas, comercialização
de produtos em feiras e mercados, entre outros, aprimoram todo esse trabalho,
possibilitando oportunidades para aproveitar todo o potencial das produções do
campo no mercado local, além de movimentar a economia da região.
FONTE: COMUNICAÇÃO MRN
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