De olho no mercado do mel
Apicultores da região do rio Trombetas aprimoram conhecimentos para produção profissional
Enquanto
a produção de mel no oeste paraense dá seus primeiros passos rumo à
consolidação, os produtores locais investem no aprimoramento das
técnicas da apicultura.
De hoje até amanhã (25), cerca de 30 apicultores da comunidade do
Xiriri participam de um curso de capacitação promovido pela Mineração
Rio do Norte como parte das ações do Projeto Mel, desenvolvido com apoio
da empresa.
A
capacitação está sendo conduzida com a consultoria do Serviço
Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae). “Vamos
visitar os apiários da comunidade,
conhecer o modo de produção deles e ministrar uma oficina de boas
práticas. O objetivo é fazer o produtor entender que o mel é um produto
de consumo humano, que exige técnicas sanitárias de produção, tanto que é
uma atividade normatizada pelo Ministério da
Agricultura e Vigilância Sanitária”, enfatiza Ricardo Gandra, que
também é biólogo.
A
apicultura está entre as atividades desenvolvidas no oeste paraense por
pequenos produtores rurais, juntamente com a agricultura e a produção
de farinha e de pescado.
Com apoio da iniciativa privada, os produtores locais, gradualmente,
caminham em direção a uma produção mais profissional, que poderá inserir
o mel e seus subprodutos (própolis e pólen) no mercado nacional. “O
Brasil é um dos maiores produtores de mel. Piauí,
Santa Catarina e outros já exportam o produto. A prática da apicultura
existe há mais de cem anos, mas ainda apresenta deficiência de manejo
aqui na região. Por isso, também vamos compartilhar com os produtores da
comunidade a experiência do seu Antônio Portela,
que há mais de 30 anos desenvolve a apicultura com eficiência no Baixo
Amazonas”, argumenta Gandra.
A
dificuldade da apicultura está no manejo de abelhas com ferrão, ao
contrário da meliponicultura que trabalha com a produção de abelhas sem
ferrão. “O manejo das
abelhas com ferrão exige equipamento adequado, pois os animais são
defensivos. Mas há vantagens nesse tipo de atividade. Uma colmeia de
abelhas com ferrão pode produzir até 60 quilos de mel por ano ou mais.
Já as sem ferrão apenas oito quilos. Mas, dependendo
da forma de manejo, as duas atividades podem ser vantajosas”, garante o
consultor.
Érica Bernardo
Assessoria de ComunicaçãoMineração Rio do Norte - MRN
Comentários