PARA REFLETIR: O MEU "VALOR" É DO TAMANHO DA MINHA DEDICAÇÃO
Ainda que eu não queira ou ainda que eu pense que não
estão reconhecendo o meu valor pelo que faço, na verdade o valor a mim
atribuído é exatamente do tamanho da minha dedicação.
Ora, poderiam retrucar, "isso se você estivesse
falando de uma empresa séria, com parâmetros claros de reconhecimento,
com imparcialidades na tomada de decisões, bem como de gestores que
reconhecessem em suas equipes o esforço de cada colaborador".
Atribuir a falta de reconhecimento à política da
empresa ou a um Gerente ou Supervisor pode não ser a melhor
justificativa para ficar estagnado. Para atribuir um valor ao que faço é
necessário, antecipadamente, mensurar aquilo que faço e para quem eu
faço, neste caso, a empresa.
Se a dedicação à empresa está próximo ou igual ao que
considero ser o que apenas atende às expectativas, então não posso
simplesmente reprovar o valor que a empresa atribui ao meu desempenho.
Parece complexo, mas é questão de bom senso. Dizer
que é explorado pela empresa, mas continuar na "mesmice" é um jogo
perigoso para a saúde e para a realização profissional.
Não podemos ficar inertes mesmo que a situação pareça
confortável, com uma remuneração dentro dos padrões de mercado, com um
cargo que não ofereça ameaças e em uma empresa que está longe de sofrer
uma crise econômica.
Hodiernamente seria loucura pensar desta forma,
principalmente na atual conjuntura econômica de crise que vive o país e o
mundo, onde milhões estão buscando justamente o conforto de um emprego
ou de um cargo público, seja por questão salarial, hierárquica ou de estabilidade.
Mas o fato é que muitas vezes nos acomodamos e apenas
"representamos" um papel na empresa que, na verdade, não é o que
gostaríamos de estar fazendo. Se isso é uma realidade, ainda que a
empresa traga um "suposto" conforto financeiro, sair em busca de algo
que possa lhe trazer desafios e ser reconhecido por isso pode valer mais
a pena e trazer mais satisfação profissional do que permanecer como
está.
Se o meu desempenho está além do que o cargo que
ocupo exige ou se está abaixo do que deveria ser e por razões diversas
não recebo nenhum aumento, são questões que cabem a cada um identificar e
agir para que tal situação não se prolongue.
É preciso ser honesto consigo mesmo para responder
tais questões e, se necessário, buscar ajuda de outro profissional
(dentro ou fora da empresa) de modo a entender realmente o que está
acontecendo.
Se a conclusão é de que precisa melhorar, é minha a
responsabilidade de enfrentar os problemas apontados e buscar
desenvolver novas habilidades e atitudes, encaminhando-se para um
crescimento profissional na organização.
Por outro lado, se a conclusão é de que meu potencial
não está sendo bem aproveitado no cargo atual, cabe a cada um fazer-se
oportunizar dentro da organização ou, caso não vislumbre esta
possibilidade, se preparar e buscar oportunidades externas.
O mercado parece saturado com inúmeras pessoas
desempregadas dispostas a ocupar sua vaga pela metade do que você ganha,
mas isso não é motivo para preocupação.
Melhor mesmo é promover a auto capacitação e
desenvolver seu trabalho de forma a "mudar o macaco de ombro",
atribuindo esta preocupação para a empresa, onde ela faça de tudo para
mantê-lo no quadro e se preciso, promovê-lo para satisfazer sua ascensão
profissional, sob pena de perdê-lo para o concorrente.
Não se deve buscar a sorte onde o que se exige são
dedicação e competência. Cada qual se desenvolve na medida da sua
vontade em querer crescer e se promover profissionalmente.
Enquanto muitos, que se acham sem sorte, estão em
praias, baladas ou botecos criticando chefes e colegas de trabalho
outros, chamados "afortunados", se abstêm de seu lazer para fazer cursos
em finais de semana, pesquisando e desenvolvendo novas ferramentas e
técnicas de trabalho, lendo livros que aprimoram seus conhecimentos e
habilidades ou participando de cursos técnicos ou de especialização.
Passar 4 ou 5 anos frequentando os mais diversos
tipos de diversões à noite e nos finais de semana com os amigos é muito
fácil, mas passar o mesmo período para terminar uma faculdade, uma
pós-graduação ou um curso de especialização parece impossível.
Não se pode generalizar as coisas a ponto de dizer
que todos possuem condições para tanto, mas há uma grande parte que já
se entregaram à idade, à condição de casado, a uma enfermidade na
família, à condição financeira, enfim, a diversas desculpas as quais os
deixaram "cegos" frente às oportunidades que pessoas exatamente iguais
(financeira, social, familiar e etc.), enfrentaram e conseguiram
alcançar.
Não se está buscando aqui uma aversão ao lazer ou ao
conforto familiar, mas apontando apenas alguns "sacrifícios" que, feitos
periodicamente, podem desencadear uma constante ascensão na carreira
profissional e por conta disso, proporcionar maior conforto à família
e realização de sonhos - pessoais ou profissionais - que pareciam
impossíveis.
Sua
situação atual pode não ser a que você deseja, mas não se deixe
entregar, use-a como motivação para reverter este quadro e se aprimorar,
se desenvolver para criar suas oportunidades e obter a profissão e o
desempenho que você realmente almeja, de modo que o valor a eles
atribuído seja apenas uma consequência de sua própria dedicação.
DE: Sergio Ferreira Pantaleão
EXTRAÍDO DE: http://www.guiatrabalhista.com.br/tematicas
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