Fapespa promove em Santarém discussão sobre nova divisão regional
O município de Santarém, no oeste o Pará,
recebeu a última etapa do Seminário divisão regional do Brasil -
Regiões geográficas do Pará: Diálogo com a sociedade paraense”. O evento
ocorreu na última quinta-feira (25), no campus Rondon da Universidade
Federal do Oeste do Pará (Ufopa). O evento foi promovido pela Fundação
Amazônia de Amparo a Estudos e Pesquisas (Fapespa), que trabalha a
proposta sobre divisão regional apresentada pelo Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE). As demais etapas ocorreram nos
municípios de Marabá, Tucuruí, Bragança, Castanhal, Altamira e Belém.
A diretora de Estudos e Pesquisas Socioeconômicas e Análise
Conjuntural da Fapespa, Geovana Pires, falou sobre a proposta do IBGE.
Em seguida, o presidente da fundação, Eduardo Costa, explicou que o
diálogo com a sociedade serve de base para a elaboração de um relatório
que vai nortear as modificações sugeridas à proposta inicial do
instituto nacional.
“A partir do conjunto de estudos e análises, o IBGE apresentou
propostas ao Pará por meio da Fapespa. Essa proposta de divisão regional
inclui a composição de regiões imediatas e intermediárias. As imediatas
são agrupamentos de municípios que têm um polo que exerce centralidade
urbana por meio de serviços, logística, infraestrutura e saúde”,
explicou. O resultado das audiências públicas são, segundo ele, de suma
importância para nortear a proposta do IBGE, que deve ser finalizada no
próximo mês.
“A partir do ano que vem a distribuição dos recursos será
regionalizada. O Plano Plurianual (PPA) será territorializado. Vamos
modificar a proposta do IBGE a partir dos elementos que estamos
colhendo. Até 30 de agosto será divulgado o relatório final. O IBGE tem o
prazo limite de 17 de setembro para divulgar a nova regionalização,
informou.
O novo recorte regional vai ajudar na disseminação de estatística que
auxiliem no processo de planejamento territorial dos Estados e do país
como um todo, para os próximos dez anos, além de envolver a participação
das unidades federativas para agregar conhecimento e gerar melhorias ao
resultado final do trabalho, e assim contribuir para a legitimação e
cooperação entre as politicas federais e as ações estaduais.
Para a economista da Secretaria de Planejamento e Desenvolvimento de
Santarém, José de Lima Pereira, é muito importante que essas informações
sejam levantadas de acordo com as especificidades regionais.
“Planejamento é fundamental. As informações vão apontar para onde vão os
recursos, para onde encaminhá-los de forma que atendam as demandas da
população”, disse.
O professor Edvaldo Bernardes, estudioso em divisão territorial e
regional, disse que os estudos e levantamentos de informações vão dizer
que há uma certa identificação com as realidades do Estado em relação às
regiões. “Sabendo quais regiões e municípios têm importância maior
dentro de determinado contexto, é possível verificar que há uma
viabilidade de se emancipar politicamente e administrativamente.
Processo de regionalização se constitui num elemento futuro que
consolida a ideia de emancipação, ajudando no desenvolvimento do Estado
como um todo”.
Por Alailson Muniz - Agência Pará
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