Processo de impeachment no Senado pode terminar antes de outubro, diz Lira
O presidente da Comissão Especial Impeachment do Senado, Raimundo
Lira (PMDB-PB), informou hoje (17), após reunião com o presidente do
Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, que vai apresentar
na próxima terça-feira (24) o cronograma de trabalho da segunda fase do
processo de afastamento da presidenta Dilma Rousseff. Nessa fase será
analisado o mérito da denúncia.
De acordo com Lira, a intenção é que o julgamento final da presidenta Dilma ocorra antes das eleições municipais de outubro, portanto, antes do prazo de 180 dias em que a presidenta poderá ficar afastada do governo. O calendário, no entanto, não é fixo. Isso porque a cada tomada de decisão da comissão pode haver a apresentação de recursos ao presidente do STF.
De acordo com Lira, a intenção é que o julgamento final da presidenta Dilma ocorra antes das eleições municipais de outubro, portanto, antes do prazo de 180 dias em que a presidenta poderá ficar afastada do governo. O calendário, no entanto, não é fixo. Isso porque a cada tomada de decisão da comissão pode haver a apresentação de recursos ao presidente do STF.
Segundo o rito que está sendo usado, o mesmo que culminou com o impeachment do
ex-presidente Fernando Collor de Mello, a cada decisão do colegiado, as
partes interessadas terão cinco dias para apresentar recurso
questionando a decisão.
“Ele [o prazo] não pode ser curto a ponto
de prejudicar a defesa da presidente da República nem tão longo que
crie dois problemas para o país: o primeiro é que coincidiria com o
período das eleições municipais; o segundo que criaria uma ansiedade por
parte da sociedade. Não vamos encurtar a ponto de parecer, de dar a
impressão de açodamento, nem vamos alongar a ponto de criar dificuldades
para o país”, disse Lira.
O relator da comissão especial,
Antonio Anastasia (PSDB-MG), ressaltou que não há como definir prazo
para apresentação do parecer de pronúncia. “Até agora, na primeira
fase, tivemos os indícios. Agora, vão ser discutidas as provas. O
processo começa agora. Ainda que haja novos argumentos, agora que é a
fase formal de provas. Se, porventura, essa fase for ultrapassada, se a
pronúncia for aceita, vamos ter uma fase três, que é o julgamento. E,
novamente, as testemunhas serão ouvidas as alegações outras vezes. É um
rito complexo, que estamos obedecendo fielmente”, disse.
Na fase
de pronúncia ocorrerá a produção de provas e de alegações e vai culminar
com o parecer da pronúncia, que entenderá se houve ou se não houve o
crime de responsabilidade. Esse parecer será votado pela comissão e, se
aprovado pela comissão, será votado pelo plenário.
Fonte: Agência Brasil
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