Núcleo de Monitoramento da Semas alerta para rigor do 'inverno amazônico'
A partir de 15 de janeiro as chuvas devem se intensificar na Região Metropolitana de Belém e em outras áreas do Pará
O inverno amazônico virá com força este ano. De acordo com o boletim divulgado nesta quarta-feira (06) pelo Núcleo de Monitoramento Hidrometeorológico da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas), as chuvas vão continuar caindo todo dia e, a partir do próximo dia 15, ficaram mais intensas na Região Metropolitana de Belém (RMB) e em boa parte do Estado. As temperaturas máximas em janeiro devem atingir de 32ºC a 33ºC, e as mínimas de 23ºC a 24ºC.
Para a RMB e municípios vizinhos é esperado um volume de 400 milímetros (mm) de chuvas, com duração de curta a moderada, caindo principalmente entre o início da tarde e as primeiras horas da noite. Também são esperadas fortes rajadas de vento e grande incidência de trovoadas.
Para o nordeste paraense, as chuvas serão menos frequentes, com um total de precipitação em janeiro inferior a 250 mm na maior parte da região – no limiar entre abaixo da normalidade e dentro da normalidade. Na região o tempo continua quente, com temperaturas entre 24º e 32ºC.
Já no sul do Pará, o volume de chuvas só aumenta a partir da segunda quinzena de janeiro. Até lá, vai continuar chovendo de forma irregular. Os dias de sol vão se alternar com os de céu nublado ou encoberto, com chuvas de duração curta a moderada. A partir da segunda quinzena, as frentes frias e a Zona de Convergência do Atlântico Sul elevarão o acumulado mensal para valores superiores a 300 mm, especialmente no extremo sul, devido a chuvas de características entre normal e acima do normal.
Chuvas mais intensas - “As análises climáticas feitas pela equipe de Meteorologia da Semas apontam que, para o mês de janeiro, haverá aumento gradual das chuvas a partir do dia 15, quando ficarão mais frequentes e intensas. Na Região Metropolitana de Belém, o total mensal esperado de 400 mm está dentro da média de precipitação para a região. Já no sul do Pará, a chuvas mais intensas vão ocorrer após esta segunda quinzena, com fortes rajadas de vento e até trovoadas. No nordeste do Estado há uma situação específica com chuvas menos frequentes, principalmente na região litorânea, desde a região do Salgado até parte do Marajó. No sul do Pará, resquícios de frente fria que vão atingir a região vão aumentar o volume de chuvas no período”, afirma Saulo Carvalho.
Para o meteorologista e climatologista da Semas, Antonio Sousa, a atuação dos ventos na camada mais baixa da atmosfera, onde ocorrem os principais fenômenos meteorológicos, explica o aumento das chuvas na região. Segundo ele, “a intensificação das chuvas, principalmente na segunda quinzena, ocorrerá em função da configuração favorável dos ventos nos altos níveis da troposfera, favorecendo assim a atuação dos sistemas produtores de chuvas, como as Linhas de instabilidade (LI) na faixa norte e as frentes e ZCAS no extremo Sul do Pará”.
Assim como nos últimos anos, a Semas fornece o suporte de informações meteorológicas para a Coordenadoria Estadual da Defesa Civil e seus representantes municipais, para ajudar em ações de contingência no enfrentamento a eventos hidrometeorológicos severos durante o período chuvoso no Pará.
Fonte: Agência Pará
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