Acordo pode dar fim à greve dos bancários nesta sexta
Após avanço nas propostas por parte do sindicato patronal, um acordo
entre a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro
(Contraf) e a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) pode dar fim à greve dos bancários que já dura 22 dias. Em reunião em São Paulo, na manhã desta quinta-feira (10), a Fenaban apresentou nova proposta de reajuste de 8% sobre as verbas salariais e de 8,5% sobre o piso dos bancários da rede privada.
A Federação também ofereceu um Vale Cultura no valor de R$ 50 para
todos os bancários que recebem até 5 salários mínimos e um dia de abono
por ano aos trabalhadores. O pagamento da primeira parcela da
Participação nos Lucros e Resultados (PLR) seria efetuado dez dias após a
assinatura da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) e a segunda até o
dia 3 de março de 2014.
De acordo com o diretor jurídico do Sindicato dos Bancários do Ceará
(Seeb-CE), Gustavo Tabatinga, os bancários no Ceará ainda não receberam
uma orientação nacional e discutirão em assembleia se vão aceitar a
proposta. "Não temos orientação do Comando Nacional dos Bancários. Nós
teremos uma assembleia amanhã para avaliar se aceitamos as propostas".
Segundo Tabatinga, a única pauta pendente, que está sendo discutida nesta tarde, é a compensação da greve.
Os banqueiros querem descontar todos os dias de greve, já o Comando
defende anistia geral. Também será debatido pautas específicas do Banco
do Brasil, Caixa Econômica Federal e Banco do Nordeste.
Caso a proposta seja aceita pelos bancários, a Fenaban informou que
os ajustes dos salários devem ocorrer até a folha de novembro. Apesar
dos avanços nas propostas na reunião desta quinta, a categoria
informou continuar de greve até avaliar nesta sexta-feira (10) em assembleia geral se aceita a proposta dos banqueiros.
Bancários pedem reajuste salarial de 11,93%
Os bancários pedem reajuste salarial de 11,93% (5% de aumento real
além da inflação), Participação nos Lucros e Resultado (PLR) de três
salários mais R$ 5.553,15 e piso de R$ 2.860. Além do fim de metas
abusivas e de assédio moral.
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