Bancários chegam a acordo com bancos para fim da greve, diz Contraf
O Comando Nacional dos Bancários e a Federação Nacional dos Bancos
(Fenaban) chegaram a um acordo na madrugada desta sexta-feira (11) para
encerrar a greve da categoria, que completou 22 dias na quinta (10),
informou a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro
(Contraf-CUT). A decisão agora terá de ser levada às assembleias locais
para ser votada, e, se aprovada, porá fim à paralisação.
Segundo a Contraf-CUT, cidades de São Paulo, incluindo a capital, Rio
de Janeiro, Pernambuco e Rio Grande do Sul vão realizar assembleias na
tarde desta sexta. Demais sindicatos do país vão realizar assembleias
até segunda-feira (14).
Os principais pontos do acordo, segundo a Contraf-CUT, são 8% de
reajuste (1,82% de aumento real); 8,5% (2,29%) de reajuste para o piso
da categoria, e compensação pelos dias parados pela greve de até uma
hora por dia (entre segunda e sexta-feira) até o dia 15 de dezembro.
Como pagar as contas?
Enquanto a greve não acaba, o consumidor que precisar usar os serviços bancários deve ficar atento. Alguns deles podem ser realizados em canais alternativos, mas outros dependem das agências ou do trabalho dos funcionários.
Enquanto a greve não acaba, o consumidor que precisar usar os serviços bancários deve ficar atento. Alguns deles podem ser realizados em canais alternativos, mas outros dependem das agências ou do trabalho dos funcionários.
Pagamentos não vencidos, transferências e bloqueios e desbloqueios de cartões, por exemplo, podem ser feitos pela internet (veja serviços afetados e como pagar as contas durante a greve).
Os saques e as transferências têm valor limitado nos caixas
eletrônicos. Nos caixas eletrônicos, é possível sacar no máximo R$ 300 à
noite e durante o dia o valor varia de acordo com o banco. As
transferências são limitadas a partir de R$ 1.000 para TED (a
transferência cai no mesmo dia) e R$ 5.000 para DOC. Não há uma norma
que estabeleça os valores máximos e mínimos, por isso o cliente deve
consultar o seu banco.
Transferências e saques de maior valor, financiamentos e outros
serviços que dependem de análise de crédito só podem ser feitos em
agências, o que faz com que o consumidor tenha de esperar o retorno do
bancário.
O Procon-SP avisa que a greve não desobriga o consumidor de pagar as
contas em dia, mas diz que a empresa credora tem a obrigação de oferecer
outras formas e locais para que os pagamentos sejam efetuados.
A orientação é entrar em contato com a empresa para saber quais são as
formas e locais de pagamento como internet, sede da empresa, casas
lotéricas e código de barras para pagamento nos caixas eletrônicos. O
pedido deve ser documentado (via e-mail ou número de protocolo de
atendimento, por exemplo) para permtir a reclamação aos órgãos de defesa
do consumidor, caso não seja atendido.
Em busca de acordo
O presidente da Contraf e coordenador do Comando Nacional dos Bancários, Carlos Cordeiro, disse que avaliou como positiva a proposta patronal e orientou os sindicatos da categoria a aceitarem o acordo, encerrando a greve em todo o país.
Em busca de acordo
O presidente da Contraf e coordenador do Comando Nacional dos Bancários, Carlos Cordeiro, disse que avaliou como positiva a proposta patronal e orientou os sindicatos da categoria a aceitarem o acordo, encerrando a greve em todo o país.
A reunião entre o comando e os representantes dos bancos começou pela
manhã, mas as negociações se arrastaram até por volta de 2h30 porque a
Fenaban propunha a compensação dos dias parados em 180 dias, enquanto os
representantes dos trabalhadores pediam a anistia do período.
“A culpa da greve é dos bancos. Não aceitamos que sejamos
responsabilizados pelos dias parados”, disse Ademir Wiederker, diretor
de imprensa da Contraf-CUT.
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