População deve reforçar vigilância contra o mosquito da dengue

Ministério da Saúde recomendou aos municípios brasileiros a suspensão do Levantamento Rápido de Índices para Aedes aegypti

A Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) chama a atenção da população para manter o combate contra o mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, chikungunya e zika, durante o isolamento social causado pela pandemia de Covid-19.

E há mais um motivo importante para isso. O Ministério da Saúde recomendou aos municípios brasileiros a suspensão do Levantamento Rápido de Índices para Aedes aegypti (LIRAa e LIA) do ano de 2020 em decorrência da pandemia causada pelo novo coronavírus.

Segundo a coordenadora estadual de Controle da Dengue, Aline Carneiro, o levantamento é importante para as autoridades sanitárias conhecerem os índices de infestação em cada cidade e, assim, organizar as ações de campo a serem realizadas pelos agentes de endemias. "Sem esse trabalho, que é feito pelas Secretarias Municipais de Saúde, fica difícil combater o mosquito, por isso é importante que a população que está em casa acabe com possíveis criadouros do vetor da dengue, chikungunya e zika", argumentou.

"É importante que as famílias verifiquem o seu domicílio e o entorno dele uma vez por semana para identificar e eliminar possíveis criadouros" é o que orienta Aline Carneiro, lembrando que a Sespa mantém a campanha "Em tempos de pandemia, não deixe o Aedes Aegypti tomar conta do seu lar". 

Conservar a caixa d'água, tonéis e barris de água bem fechados; colocar o lixo em sacos plásticos e manter a lixeira fechada; não deixar água acumulada sobre a laje, manter garrafas com boca virada para baixo; acondicionar pneus em locais cobertos; proteger ralos sem tampa com telas finas, encher pratinhos de vasos de plantas com areia até a borda e lavá-los uma vez por semana são algumas das medidas informadas no check-list da Sespa.

Número de casos - De 1º de janeiro a 4 de maio, o Pará registrou 859 casos confirmados de dengue, representando uma redução de 29,41%% em relação ao mesmo período de 2019, quando foram registrados 1.217 casos da doença. Dos 859 casos confirmados, 846 foram de dengue, 11 de dengue com sinais de alarme e 02 casos de dengue grave, conforme classificação estabelecida pela Organização Mundial de Saúde (OMS), sem nenhum óbito.

Os cinco municípios com mais números de casos de dengue são Altamira com 179, Novo Progresso com 156, Belém com 85, Vitória do Xingu com 69 e Santarém com 52.

Em relação a chikungunya, no mesmo período, o Pará teve 53 casos confirmados, com maior número registrado no município de Santarém, com 17 casos da doença. Nesse período, ainda, o Pará registrou 15 casos de zika vírus, todos no município de Santarém.

Fonte:Agência Pará

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