PARÁ: Mais da metade dos afastados do trabalho no estado deixaram de receber remuneração em maio


No Pará, estima-se que 1,8 milhões de pessoas tiveram algum sintoma relacionado à Covid 19 em maio 

O IBGE Pará, com o objetivo de monitorar os impactos do Coronavírus na saúde das famílias e no mercado de trabalho, ligou para 6.200 domicílios durante o mês de maio. Os moradores foram perguntados sobre o aparecimento de sintomas gripais (associados ao Coronavírus), sobre a renda e as condições de trabalho durante a pandemia e sobre o afastamento social. 

Indicadores de Saúde 

A PNAD COVID19 apontou que 1,8 milhões dos residentes no estado apresentaram algum sintoma relacionado à Covid 19, o que equivale a 21% da população. Destes, apenas 22% (ou 262 mil) procuraram um estabelecimento de saúde, os outros 78% (ou 1,4 milhões) optaram por não procurar. 

Entre os entrevistados, 84,8% declararam não ter plano de saúde médico. 

Nos domicílios pesquisados, 25,3% tinham algum idoso. Em quase 22% dos lares com idosos, algum morador havia apresentado sintoma gripal. Já nos lares sem idosos, o percentual de pessoas que apresentaram algum sintoma foi de 78,1%.

Indicadores de Trabalho

Em maio, a taxa de desocupação no Pará foi de 10,8% (362 mil pessoas). 
Ainda nesse período, cerca de 941 mil pessoas não conseguiram procurar emprego por causa da pandemia da Covid-19 ou por falta de oportunidade na região em que vivem.

No total de ocupados (2,9 milhões), 5,7% (113 mil) declararam estar realizando o trabalho de forma remota. 

Entre os ocupados no estado, pouco mais de 33% (852 mil pessoas) estavam afastados do trabalho por conta do distanciamento social, 151 mil se afastaram por outros motivos) e os 66% restantes continuavam trabalhando. Entre os que foram afastados, mais da metade (54,7%) deixou de receber remuneração. 

Já a taxa de informalidade registrada no período foi de 51%, o que significa que mais da metade dos que estavam em atividade (1,5 milhões) trabalhava de forma informal.

Também houve redução na remuneração de 1,1 milhão de pessoas, que apontaram ter recebido menos do que recebiam normalmente. O rendimento médio normalmente recebido pelos residentes no estado, estimado em R$ 1.746, foi reduzido para R$ 1.420. 

Mais da metade (58,7%) dos domicílios contaram com o recebimento do auxílio emergencial para complementar a renda.

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