Ophir Loyola alerta mulheres para os cuidados com o câncer do ovário, doença silenciosa

 Médicos observam que não existe uma causa específica, mas alguns fatores de risco podem contribuir para o surgimento da doença.


Silencioso, de difícil diagnóstico precoce, o câncer de ovário é o segundo tipo de neoplasia ginecológica mais comum, atrás apenas do câncer de colo de útero. O Instituto Nacional de Câncer (Inca) aponta 6.650 novos casos novos para este ano no País, entre os quais 120 paraenses.

Ovários são duas glândulas do sistema reprodutor feminino, na região pélvica, ligados ao útero por tubas uterinas. Eles produzem e armazenam os hormônios sexuais e também o dos óvulos e são formados por células epiteliais, germinativas e estromais.


O médico oncologista Celso Fukuda explica que a neoplasia maligna de ovário se caracteriza por um tumor de crescimento muito rápido"A neoplasia maligna de ovário é um tumor de crescimento muito rápido. A metástase lança de forma secundária outro foco da doença para órgãos abdominais, como alças intestinais, fígado, baço e peritônio. O tumor geralmente tem origem nas células epiteliais que revestem a superfície externa do ovário", explica o médico Celso Fukuda, oncologista do Hospital Ophir Loyola, referência estadual em oncologia, onde 68 pacientes tratam este tipo de tumor.

Não existe uma causa específica, mas alguns fatores de risco se associam ao surgimento da doença. O risco aumenta com o avanço da idade, isso não quer dizer que as jovens não possam ser acometidas. Existem outros fatores de risco importantes, reprodutivos e hormonais.

"Mulheres que tomam anticoncepcional têm risco menor, já aquelas com infertilidade ou que não tiveram filhos têm o risco aumentado. Além destes, o excesso de peso corporal que é um fator de risco para diversos tipos de câncer, o histórico familiar de câncer de ovário, colorretal e mama e mutação hereditária nos genes BRCA1 e BRCA2 também estão relacionados", informa o especialista.

DIAGNÓSTICO

Na maioria dos casos, a doença só é descoberta em estágio avançado, pois os sintomas se confundem com os de outras doenças. Por isso, visitas periódicas ao ginecologista são importantes. "Os principais sinais e sintomas observados são dor e inchaço no abdômen, mudanças no hábito intestinal, cansaço, perda de peso e apetite", ressalta Fukuda.

O diagnóstico do câncer de ovário é feito pela avaliação do médico ginecologista, por meio de exames complementares de imagem e laboratoriais em mulheres com sintomas sugestivos da doença. Posteriormente, é realizada a cirurgia laparoscopia ou laparotomia, para retirada de uma amostra de tecido para a biópsia, exame que confirmará ou não a presença da doença. Após a confirmação, a cirurgia é o procedimento básico para tratamento e, caso necessário, uma complementação com quimioterapia.

A representante comercial Teresa Torres, 57 anos, notou um inchaço na região abdominal e tinha o aspecto de uma gestante de nove meses, mas não sentia nada. Um médico pediu vários exames.

"A ressonância mostrou que eu estava com duas massas muito grandes, uma em cada ovário. Fui para a cirurgia, tive que retirar cinco órgãos e detectaram um câncer no ovário direito. Hoje, estou fazendo quimioterapia para completar meu tratamento, sigo com fé e gratidão por estes profissionais que me acolheram tão bem aqui no hospital", afirma.

*Por Lívia Soares (Ascom/HOL).

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