Meliponicultores aprendem sobre manejo racional de abelhas

Produtores rurais do município de Terra Santa, no oeste do Pará, serão capacitados para o manejo racional de abelhas nativas. O curso será realizado nesta sexta-feira e sábado (21), na comunidade Alema, que fica próxima a sede do município.

A iniciativa faz parte do projeto de Meliponicultura apoiado pela Mineração Rio do Norte (MRN) em parceria com o Sebrae e o Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais de Terra Santa (STTR). O projeto visa à implantação da primeira produção organizada no município. A ideia é abrir novas perspectivas para o negócio antes feito de forma artesanal, preparando os meliponicultores locais não somente para a produção do mel como também de seus subprodutos, a exemplo do própolis, derivado das resinas de vegetais colhidas pelas abelhas, e do pólen que é bastante valorizado no mercado brasileiro por seu alto valor nutricional. 

Além de capacitar os produtores, a MRN vem promovendo visitas técnicas para troca de experiências e investindo na compra de novos planteis. A partir de agosto, 200 novos enxames de abelhas Canudo ( da espécie scaptoprigona sp) vão se somar à produção atual de 253 colmeias. Daí o curso deste final de semana estar direcionado, principalmente, ao manejo desta espécie.

Embora seja altamente produtiva, a abelha Canudo exige um manejo especial. De acordo com o consultor do Sebrae, Ricardo Gandra, o manejo noturno da espécie causa menos estresse ao animal e o torna menos defensivo. Apesar de ter o ferrão atrofiado, o que não permite picadas, as abelhas Canudo podem beliscar causando desconforto ao meliponicultor durante o manejo. A prática de transferência de enxames no período da noite, portanto, é mais recomendável.

O curso contará ainda com a participação especial de um meliponicultor paraense que é referência nacional no manejo de abelhas sem ferrão. João Batista Ferreira, conhecido como Joãozinho das Abelhas, vai falar de sua experiência no município de Belterra, onde atua hoje.

O projeto de Meliponicultura beneficia 19 famílias e existe desde 2010. Além de tornar a atividade sustentável, prevê, ainda, a criação de uma unidade beneficiadora (Casa do Mel) para garantir a geração de renda às comunidades Redobra, Alema e Casa Grande.

FONTE: Assessoria de Comunicação da MRN

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