Após família desmentir SESPA sobre primeiro óbito por COVID 19 no Pará, Governador Hélder destaca ética e transparência na divulgação dos casos no Estado

Ao falar sobre a primeira morte no Estado, Helder Barbalho reforçou as medidas de prevenção e a seriedade das informações repassadas à sociedade
O governador Helder Barbalho mostra os documentos que comprovam a morte em decorrência do novo Coronavírus
Nesta quarta-feira (1º), a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) confirmou o primeiro óbito relacionado à Covid-19 no Pará. No início da noite, em coletiva ao vivo para atualizar o boletim epidemiológico da doença, o governador Helder Barbalho lamentou a morte da idosa de 87 anos, moradora de Santarém, município do oeste paraense, e prestou solidariedade à família. Além do primeiro óbito, o boletim divulgado pela Sespa informa que, até hoje, o Pará tem 41 pacientes com a doença, 83 casos em análise e 857 descartados.


"Ela já tinha problemas de saúde, e estava acamada por cerca de 10 anos. As informações que nos foram repassadas pela Secretaria de Saúde do município é que os familiares teriam registrado contato com uma pessoa de fora, e lamentavelmente isso veio a ocorrer. Quero me solidarizar com os familiares por essa perda irreparável", disse Helder Barbalho.

A morte teria ocorrido no dia 19 de março, mas a Sespa só foi informada no dia 25, porque a vítima não deu entrada no Sistema Único de Saúde (SUS). A idosa recebeu atendimento particular, em casa. E o médico dela teria enviado a amostra para exame a um laboratório de Belo Horizonte (MG).

Após o caso ser confirmado nas redes sociais do governo, familiares da vítima teriam divulgado sua identidade e desmentido a notícia. Por esse motivo, o governador fez questão de reiterar a conduta ética e transparente que o Estado vem adotando quanto ao anúncio dos casos à sociedade. 

"Nós, primeiramente, não divulgamos o nome de nenhuma pessoa que esteja positivada. É um protocolo ético. Apenas informamos iniciais, idade e se é transmissão importada, local ou comunitária. Em momento algum deve ser divulgado o nome pra preservar a família e o infectado", assegurou.


Helder Barbalho, ao lado do secretário Alberto Beltrame, assegurou que não vai ″pactuar com subnotificação″
"Não esperem que eu vá pactuar com subnotificação. Eu não vou omitir nenhuma informação, seja uma ótima ou lamentável notícia como esta. Eu faço isso porque é desta forma que a população paraense pode confiar na gente, e podemos estar todos unidos no enfrentamento dessa doença", enfatizou o governador.

Em seguida, Helder Barbalho apresentou documentos comprovando que a morte foi em decorrência de infecção pelo novo Coronavírus. Como o falecimento ocorreu seis dias antes de a Sespa ser comunicada do caso, foi aberta investigação pela Secretaria de Saúde Pública, inclusive para saber o motivo de o médico não comunicar logo as autoridades.

Todo o processo foi acompanhado pelo procurador-geral de Justiça do Ministério Público do Estado, Gilberto Valente Martins. "Eu tenho uma declaração de óbito afirmando que a senhora teve insuficiência respiratória e broncopneumonia. Eu tenho um exame que diz que é positivo para o Coronavírus, e tenho um documento do laboratório de BH (Belo Horizonte) dizendo que, de fato, este exame foi feito no Hermes Pardini, um instituto respeitado", informou Helder Barbalho.

O secretário Alberto Beltrame reforçou que a maioria dos casos confirmados de Covid-19 no Pará é de pessoas mais jovens
O secretário de Estado de Saúde Pública, Alberto Beltrame, reforçou que, apesar de lamentável a morte da senhora de 87 anos, a maioria dos casos confirmados de Covid-19 no Pará é de pessoas mais jovens, que não estão nos grupos de risco. Ele voltou a ressaltar a importância de todos se protegerem, principalmente neste momento da pandemia no Estado, em que o número de casos está crescendo.


"Os idosos entenderam o recado do isolamento social e são os que mais se adequaram às medidas. Mas nós estamos reforçando que não adianta o isolamento vertical, ou seja, isolar apenas pessoas idosas e com doenças crônicas. Precisamos manter o isolamento horizontal, que envolve todos nós. Porque o jovem contaminado leva o vírus para dentro de casa", reiterou Alberto Beltrame.

Fonte: Agência Pará


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