Hospital Ophir Loyola alerta mulheres sobre câncer de ovário

Silenciosa e rara, doença demora a apresentar sintomas e é responsável por mais mortes do que qualquer outro câncer ginecológico
Pouco se ouve falar sobre o câncer de ovário, um tipo silencioso e raro da doença que demora a apresentar sintomas e é responsável por mais mortes do que qualquer outro tipo de câncer ginecológico.
Os ovários fazem parte do sistema reprodutor feminino. São responsáveis pela produção dos hormônios sexuais e pela produção e armazenamento dos óvulos. O câncer de ovário caracteriza-se pela multiplicação e crescimento desordenado das células nessa região, sendo o mais comum o que começa nas células epiteliais, as que revestem a parte externa das glândulas.

Celso Fukuda, médico oncoginecologista do hospital Ophir LoyolaA doença não causa sintomas específicos e demora a se manifestar em fase inicial. Por este motivo, 80% dos casos são diagnosticados quando a doença já está avançada.

"Alguns sintomas podem indicar a neoplasia, como dor ou inchaço no abdômen, perda de apetite e de peso, fadiga, mudanças no hábito intestinal e/ou urinário e, muitas vezes, esses sintomas são confundido com desconfortos do dia a dia" - Celso Fukuda, oncoginecologista do hospital Ophir Loyola.

Um dos fatores de risco que contribuem para o aparecimento deste carcinoma é o avanço da idade. Estudos apontam que esse tipo de câncer é mais freqüente em mulheres acima dos 60 anos, podendo acometer também as mais novas. A menarca antes dos 12 anos, histórico familiar de cânceres de ovário, endométrio e de mama, fatores genéticos como a mutação em genes (BRCA1 e BRCA2), infertilidade e excesso de peso também contribuem para o aparecimento. Em contraponto, o uso de contraceptivos orais, gravidez e a amamentação colaboram reduzindo o risco.

Segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca), o Brasil deverá registrar em 2020, cerca de 6 mil novos casos de câncer de ovário. O Hospital Ophir Loyola atende atualmente 30 pacientes com este tipo neoplasia. Este ano, registrou, no período de janeiro e fevereiro, 11 novos casos. Para o especialista, as mulheres devem ficar atentas às mudanças em seu corpo, fazer exames de rotina e consultar o médico regularmente. "O câncer de ovário tem um diagnóstico precoce difícil, as manifestações só aparecerem nos estágios mais avançados", ressalta.

Fukuda enfatiza que o exame preventivo ginecológico (Papanicolau) não detecta este tipo de tumor. "O preventivo é realizado para detectar alterações nas células do colo do útero, os exames indicados para detecção do câncer de ovário são a ultrassonografia transvaginal e de abdômen ", esclarece.
O especialista também explica que o tratamento da paciente pode ser feito com cirurgia e quimioterapia e, antes de dar início, sempre são avaliadas as condições clínicas, a idade e a extensão da doença.

Fonte: Agência Pará

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