Sistema de informação sobre a cadeia produtiva do mel será levado a outros Estados

Representantes da Confederação Brasileira de Apicultura (CBA) estão no Pará conhecendo o Sistema de Informação Geográfica do Programa Nacional de Cadastro e Georreferenciamento de Apicultores e Meliponicultores (SIG-PNGEO). A equipe já visitou a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Pará (Emater), que desenvolveu o programa, inédito no Brasil. O SIG-PNGEO, que será aplicado em todo o território nacional, já está sendo implantado em caráter experimental no Pará, com a meta de cadastrar 100% dos apicultores paraenses até 2014.

O sistema faz um diagnóstico da cadeia produtiva do mel, indicando informações, tanto do apicultor/meliponicultor quanto dos apiários, envolvendo desde a produção até a comercialização dos produtos. Para desenvolver o sistema, a Emater utiliza informações dos próprios apicultores, a fim de realizar um censo da cadeia produtiva. O sistema de georreferenciamento será colocado à disposição dos presidentes de associações, sindicatos e cooperativas, para que utilizem a ferramenta, sob a coordenação da Emater.

Segundos dados da empresa, a ideia do censo é facilitar e melhorar o acesso dos apicultores a políticas públicas, atrair investimentos e qualificar a categoria, além de identificar de que forma pode ser aplicada a assistência técnica. “De acordo com o nível da associação ou da organização teremos como trabalhar ações específicas e diferenciadas para a categoria, inclusive atingindo os apicultores que não estão atrelados a nenhum tipo de organização”, informou Érica Bandeira, veterinária da Emater.

A proposta da Confederação Brasileira é que ainda este ano o sistema seja aplicado em outros quatro municípios brasileiros. “Essa ferramenta é fundamental para os produtores,  pois vai auxiliar desde a produção até a comercialização do mel. Nosso objetivo é que o sistema seja utilizado em quatro municípios do Centro-Oeste brasileiro”, ressaltou José Cunha, presidente da CBA.

O Pará ocupa a 14ª posição no ranking nacional na produção de mel, mas a produção exata do Estado ainda é desconhecida. Segundo estimativa da Emater, cerca de 30% da categoria ainda não foram registrados. “Daí a importância de os apicultores que não estão ligados a nenhuma instituição comparecerem à Emater, para nos informar sobre a atividade”, acrescentou Érica Bandeira.

Texto: Iolanda Lopes - Emater
Fonte: http://www.agenciapara.com.br/

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