UNIDADE DEMONSTRATIVA DA MANDIOCA EM ORIXIMINÁ


Um nova forma de cultivar a mandioca está sendo apresentada a 9 famílias da Comunidade Ascenção, no Lago Sapucuá, Oriximiná, por meio da Unidade Demonstrativa da Mandioca implementada pela Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Pará (EMATER) em parceria com a MRN e os comunitários. O projeto tem por objetivo fortalecer a produção da mandioca no município. “A média na região é de 13 a 15 toneladas por hectare e com esse trabalho a gente quer aumentar a produção, pois outros municípios, utilizando as técnicas que estamos aplicando, já conseguiram dobrar até chegar em 30 a 40 toneladas de mandioca por hectare”, revela Alexander Farias Valente, Extensionista Rural da EMATER de Oriximiná.

A Unidade Demonstrativa da Mandioca corresponde a uma área de 1 hectare onde os técnicos da EMATER e os comunitários estão utilizando duas técnicas de manejo da mandioca. Em uma parte do terreno, o plantio foi feito utilizando a queimada e outros procedimentos empregados tradicionalmente pelos agricultores. Em outra parte, a área foi preparada sem o fogo e o plantio obedeceu à técnica conhecida como Trio da Produtividade, desenvolvida pela EMBRAPA (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária). “Na área que não foi queimada nós cortamos a vegetação e deixamos para virar material orgânico, adubo. Selecionamos a maniva da parte mediana da planta, fazendo o corte reto. Fizemos o plantio deixando um espaço de 1m x 1m entre as plantas. Também realizamos capina periodicamente. A maniva nessa área está muito mais desenvolvida”, explica Alexander.

Basicamente, o Trio da Produtividade é voltado para três técnicas que todo agricultor pode inserir na sua produção: seleção e preparo do material para o plantio; espaçamento de 1m x 1m e capinas regulares principalmente nos primeiros 150 dias de plantio. “Com essas simples tecnologias é possível dobrar a produção com os materiais que eles já têm lá, só que sem o uso do fogo. Nós fizemos uma sondagem e os agricultores já viram o tamanho que as raízes estão, muito antes do ponto de colheita, a diferença é grande”, relata Marcos Leite, Extensionista Rural da Emater.

Esse projeto teve início em março do ano passado com a escolha da área e preparação do solo para o plantio que foi realizado no mês de agosto. A previsão para colheita é para início de 2014. Enquanto isso, os comunitários e parceiros realizam o monitoramento da área e se abrem para novos aprendizados. Em outubro de 2012 eles participaram do curso Beneficiamento e Processamento da Mandioca, onde puderam aprimorar as técnicas de higiene para a produção da farinha e derivados como o tucupi, tapioca, beijú e outros.

Esse foi o primeiro passo para a criação do selo de qualidade Espoca Bode, proposto pela EMATER, para os produtos gerados a partir da Unidade demonstrativa da Mandioca. “A intenção nossa é que possa melhorar o nível produtivo e a qualidade de vida dessas famílias. Queremos que esse trabalho sirva de exemplo para o município inteiro. Esperamos os melhores resultados possíveis e quem ganha com issoé o produtor rural e os consumidores que terão um melhor produto na mesa”, garante Éder Maia, Coordenador da EMATER de Oriximiná.

Texto: Leize Silva

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