Cerâmica é tema de exposição na Alcoa em Belém

Mineradora abre escritório na capital para mostrar a história da cerâmica

Dos artefatos ritualísticos de povos pré-Colombianos aos objetos de decoração no Distrito de Icoaraci, poucos materiais possuem a ancestralidade da cerâmica: sua história remonta há mais de 10 mil anos, sendo, portanto, o material mais antigo produzido pela humanidade.
Um pouco dessa história de milênios será contada pela exposição “Cerâmica – Matéria e Expressão Cultural”, que o escritório da Alcoa em Belém abre ao público, para visitação agendada, a partir do dia 01 de fevereiro. Seis painéis de fotografias, produzidas por profissionais do GQ Foto Estúdio, vão mostrar peças arqueológicas do acervo do Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG), além de apontar particularidades da cerâmica desenvolvida por povos tapajônicos e marajoaras.
Também haverá espaço para oferecer um panorama sobre a produção de ceramistas do Distrito de Icoaraci, como mestre Raimundo Cardoso e Anísio Silva, e falar da influência da cerâmica nas artes plásticas, destacando a produção de Ruy Meira, que dedicou boa parte de sua obra aos experimentos com o material.
“A intenção é criar um painel de referências, um mosaico através do qual o visitante possa ter o primeiro contato com a cerâmica, para se aprofundar depois”, conta José Fernandes Fonseca Neto, o Zoca, curador da exposição.
Além das fotos, também estarão em exposição peças criadas pela artista plástica paraense Berna Reale, a partir de minérios encontrados nos solos da região, misturados à argila, como matéria-prima para a cerâmica. Assim, a bauxita, extraída pela Alcoa na Mina de Juruti, Oeste do Estado, o caulim e o minério de ferro entram na composição para alterar a cor das peças que sai dos fornos. No lugar do laranja tradicional, tons de vermelho mais fechado, quase terracota, e branco tingem as peças. Graças à peculiaridade, a obra da artista acabou por inspirar a exposição.
“Já é tradição o escritório ter sempre uma exposição de algo que remeta à cultura paraense. No ano passado, falamos sobre patrimônio histórico. Este ano, ao entrarmos em contato com o trabalho da Berna, decidimos fazer da cerâmica o nosso tema”, conta Ana Celeste Franco, Gerente de Relações Governamentais da Companhia.
A arte do cotidiano – Para a artista plástica Berna Reale, uma das características mais surpreendentes do material é a sua aplicabilidade. “A cerâmica é popular, mas também é capaz de coisas nobres. Pode-se fazer utensílios de cozinha, ou então utilizá-la em foguetes e na indústria automobilística”, afirma ela, que entrou em contato com a técnica por influência de Ruy Meira.
“O Ruy gostava muito de pesquisar cerâmica, de saber como diferentes pigmentos se comportavam no material, foi ele que despertou esse interesse em mim. Mas Ruy trabalhava com o que tirava de barrancos. Sua pesquisa não chegou aos minérios, pois foi interrompida antes disso, quando ele veio a falecer”, conta.
Para Zoca, a ancestralidade do material faz com que a cerâmica seja um indicativo das diversas culturas que a produziram. “Os povos pré-colombianos, por exemplo, usavam-na de forma ritualística, na produção de urnas funerárias. Hoje, a gente usa como decoração. Em diferentes épocas, a cerâmica revela a relação do ser humano com seu ambiente. A partir dessa terra queimada, a natureza vai sendo transformada”, afirma.
A exposição será aberta nesta terça-feira, 31, apenas para convidados, e poderá ser visitada, após agendamento, a partir de quarta-feira (01).
Serviço
O que: Exposição Cerâmica – Matéria e Expressão Cultural
Quando: A partir de 01 de fevereiro de 2012
Onde: Na sede da Alcoa em Belém, na Travessa Dr. Moraes, 70.
As visitas devem ser agendadas pelo e-mail juliana.miranda@alcoa.com.br
Fonte: Assessoria de Comunicação da Alcoa Mina de Juruti
Temple Comunicação

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