'Mais médicos' em Manaus: Primeira fase só com brasileiros

Trinta médicos brasileiros atuarão em Manaus e dez no interior

A maioria dos 40 profissionais de saúde selecionados para o Amazonas, na primeira etapa do programa “Mais Médicos”, do Governo Federal, mora no município onde vai atuar. A coordenação do programa anunciou a chegada de médicos brasileiros vindos de outros Estados para a região. No entanto, quase 100% dos médicos têm residência fixa nos municípios. Eles foram apresentados nesta segunda (2), numa solenidade de acolhimento, na Fundação de Medicina Tropical Dr. Heitor Vieira Dourado (FMT/HDV), na Zona Centro-Oeste.

Trinta dos 40 médicos atuarão em Manaus. Apenas dez serão distribuídos nos municípios de Manicoré, Manacapuru, Urucará, Humaitá, Coari, São Gabriel da Cachoeira, além do Distrito Sanitário Especial Indígena (DSEI) de Manaus. Inicialmente estava prevista a apresentação 52 médicos, nesta segunda (2), mas dos 12 restantes, parte desistiu do programa e outros tiveram problema no vôo e não chegaram a tempo da apresentação, em Manaus.

Segundo o secretário municipal de Saúde, Evandro Melo, os médicos serão distribuídos da Zona Rural para a Zona Urbana da cidade.

“Pedimos 57 médicos, mas fomos atendidos com 30. Mesmo na capital temos dificuldades de alocar médicos nas comunidades mais distantes. A distribuição vai começar pelas áreas mais distantes do Centro. Priorizando o Puraquequara e o Brasileirinho. Lá tem unidade de saúde, mas não tem médico”, disse Melo.

Os profissionais terão foco na estratégia da saúde da família e serão responsáveis pelo atendimento de 3,5 mil famílias dentro de cada território. “Esperamos conseguir os 27 na segunda fase de inscrição do programa”, disse.
Segundo o secretário especial de Saúde Indígena do Ministério da Saúde, Antônio Alves, apesar de residirem nos locais para onde se inscreveram, os médicos não substituem outros profissionais contratados pelos municípios. Apesar da desistência veio a Manaus participar da recepção aos médicos. Ele informou que o Amazonas deve receber um total 142 médicos.

Preferência por município do entorno
A neurofisiologia Tereza Cristina de Oliveira, 57, atuará na atenção básica de saúde pelo Mais Médicos. Apesar de ser carioca, morou em Manaus por mais de 30 anos e está entre as poucas que atuará fora da cidade onde residia. Ela escolheu Manacapuru, a 84 quilômetros de Manaus, por conta da proximidade com a capital e por ter ligação terrestre. Ela tem 32 anos de profissão e se formou em Manaus. Há dois anos se aposentou e estava morando no Rio de Janeiro, com vindas frequentes a Manaus, e viu no Mais Médicos a oportunidade de ficar perto dos filhos e de ajudar as pessoas do interior.

“Minha vida profissional foi toda aqui. Estava há dois anos fora. Não fiquei em Manaus porque acho que não precisa. Acho que o inteiro precisa muito”, disse.

Estrangeiros
No próximo dia 16, mais 52 médicos, apenas estrangeiros, chegarão ao Estado para atuar no interior. Eles estão participando de cursos, em oito Estados do País. Antes do início do atendimento, no Amazonas, eles participação de capacitação sobre a cultura e doenças da região.

Investimentos para o interior
O Governo Federal está em fase de aquisição de um helicóptero para o Amazonas para facilitar o deslocamento de médicos para comunidade indígenas. Para o secretário Especial de Saúde Indígena do Ministério da Saúde, Antônio Alves, no Vale do Javari, por exemplo, as equipes médicas levam até 12 dias para sair de Tabatinga e chega ao pólo base de atendimento, finalizar as instalações e começar a trabalhar. 

Com a aeronave, o tempo de deslocamento reduzirá de 288 horas para 50. “Vai dar agilidade ao deslocamento e ainda poderá transportar medicamento e equipamentos. Os médicos terão escala de 30 dias de área e 30 dias de folga. No vale do Javari e Médio Purus, com sede em Lábrea, tudo é fluvial. O helicóptero vai ficar no polo base. Vai ser uma mudança de realidade”, disse.

O Mais Médicos destinará R$ 20 milhões para a Amazônia que serão usados na reforma de unidades básicas de saúde do interior, além da compra de barcos, motores para embarcações e ambulância. Outros R$ 59 milhões serão utilizados para o saneamento no que o Ministério da Saúde classifica como “melhoria sanitária”.

“Vamos fazer isso. Tem empresas que não querem fazer isso nas aldeias. Tem outros locais como o Vale do Javari que não há como fazer algo como grande estrutura por conta da logística. Estamos fazendo um posto de madeira no Vale do Javari porque é difícil levar tijolos, cimento, entre outros materiais de construção”, destacou. No Alto rio Negro são seis médicos cubanos, mas estão previstos 12. No Vale do Javari são três profissionais de Cuba.

Fonte: http://acritica.uol.com.br/manaus

 

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